Poeticidade Maltrapilha

Rodrigo de Alcântara ( Apresenta )

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Bem do jeito que é


Ouço passos rumando para o pó.
Não queria ouvir ninguém.
Hipnotizado, seguindo sem rumo.
Procurava algo que não via.

Cada vez que olhava....nada.
Meneava à cabeça num lamento sóbrio.

Equalizando e gravando em mim.
Assinava minha própria sina, enamorado pela menina.
Uma roseta pequenina!

Rotina que amotina ao revez.
Prazer do trabalho que mascara os impostores.
Na terra retratando os cárceres do reino.

Escondendo o verdadeiro ser.
Fecho os olhos e uso.
Minhas melhores armas.

Tão estranho quanto as mudanças.

Guardando precipitações ao esmo.
O que é?.... -Já se foi.
O que há de ser?.... -Ficou.

Limpando os cantos.
Toques regados á cálices de fel.

Tão longe.

Lados que dispersam realidades embevecidas.

Que cumprem seu papel.
Conter em si um compelido forçoso desgosto.

Uns dias que fora estive
Dentro de enfadadas ocupações.
Um grito um salto me furto.

Deus eu sei.

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